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O trabalho também tem que estimular você.

  • Foto do escritor: Texto Expresso
    Texto Expresso
  • 30 de jan. de 2023
  • 2 min de leitura

É claro que um café ajuda a aquecer as ideias antes de escrever um texto. Mas se você precisa encher o tanque a cada meia hora, provavelmente, algo não vai muito bem.


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Encarar a pressão constante por produtividade, ter o trabalho avaliado por critérios subjetivos e precisar encontrar constantemente saídas, soluções, conteúdos e argumentos originais. O dia a dia de um redator é sempre “com emoção”.


Seria esta a nossa sina, ou uma situação decorrente

de práticas arraigadas no mercado?


Estruturar bons títulos e textos é prazeroso e gratificante, mas escrever profissionalmente também pode ser muito difícil. Com o tempo, a simples repetição, a alta carga horária, prazos curtos e interferências constantes podem facilmente minar a criatividade.


Muita gente sente dificuldade em parar por alguns minutos e simplesmente organizar os pensamentos. Imagine fazer isso todos os dias, por horas a fio, estando ou não com dor de barriga, humor e, principalmente, inspiração para vender o peixe do cliente.

O redator também precisa pensar em algo quase sempre negligenciado: sua saúde mental.


Acreditar que ambientes competitivos forjam profissionais com “sangue no olho”, que horas extras são inerentes à atividade e que mesa de pingue-pongue e trabalhar de bermuda são benefícios é endossar, ainda que inconscientemente, uma rotina insustentável.


Na realidade, assédio moral e profissional, sobrecarga de trabalho e privação do sono causam stress, ansiedade e burnout. E este quadro geral pode ser agravado por más lideranças, falta de transparência, microgerenciamento e ausência de um plano de carreira.


Então... O único jeito é mudar de profissão? Idealmente, o que deve mudar é a mentalidade do mercado. Nem que seja pelo entendimento da lei do retorno, pois a alta rotatividade da equipe reflete na consistência do trabalho, a desmotivação geral afeta a qualidade, a má fama da empresa afasta os melhores profissionais.


Disse Gandhi: “Seja a mudança que você quer ver no mundo”. E isso serve para todos nós, que dia a dia escrevemos o lucro de empresas, o sucesso de promoções, o alcance da informação, a credibilidade de marcas e o elevado padrão de vida de nossos empregadores.


Power to the People. Aprimore-se continuamente, faça cursos, leia, experimente novas ferramentas e tecnologias. Produza com consistência, “com alma”. Seja uma peça indispensável ou, pelo menos, que não possa ser substituída tão facilmente. Não seja sinônimo de textos rasos.


E no trabalho, blinde suas atitudes. Tenha uma postura digna, sem aceitar abusos, assédios, desvios de funções. Mesmo que isso coloque em risco seu emprego. Antes ele, do que a sua sanidade. Sua maior tecnologia, seu maior capital, é a inteligência. Faça bom uso dela.


 
 
 

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© 2022 por Daniel Gandra

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